quinta-feira, janeiro 04, 2007

Um poema de mil novecentos e lá vai pedrada


Eis um poema de 1981, que acabou virando bela canção do Sidail, foi cantado pelas madrugadas dos caminhos mais esquisitos, estreitos e escamosos do roçado do bom Deus (como diria o Plínio Marcos), escoou pelos ralos, evaporou, tornou a chover e, sei lá por quais cargas d'água, eu não havia publicado até hoje. Aí vai, antes que vire fumaça.


Era bonito

foi bom
aquele pisar manso

as ruas de granito

era bonito
ter atirado pedras
na cidade

sem saber
que a cidade

é pedra

(Roberto Prado)